Cá dentro as portas fecham-se
Lá fora as portas abriam-se...
A luz está mais brilhante, mais forte.
Já não sinto o peso do meu corpo.
Paira no ar um cheiro a morte
que mata o meu sorriso morto.
Gelam-se-me as mãos frias
pelo sangue que se escorre
nas demais curvas vadias
deste meu corpo que morre.
Ouço as portas a baterem,
com força a se encerrarem.
Estilhaços dos que não querem
ver meus olhos a se fecharem.
Segreda-me junto ao ouvido
se é tua vontade veres-me ficar.
Se não, deixa ficar esquecido
o cadáver que morre até se findar.
Tytta
In: Luso Poemas
3 comentários:
Acho este poema bastante deprimido o que talvez tenha influenciado a tua escolha para a tua foto. A tua foto está linda e podes considerar que a porta estando fechada se irá abrir...sempre é mais optimista. Beijos.
Imagens sempre belas :))
Um poema, uma beleza diferente entre belezas naturais ... um beijo
Visão pormenorizada de um Portal...
bj
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